Descubra como as viagens podem deixar de ser apenas mais um gasto, para virar um investimento

Sozinha, com os filhos ou em casal, tanto faz, viajar é um investimento para a sua vida e da sua família.
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Hospedagem, transporte, alimentação, passeios, presentes e muitas recordações. Em geral, essa é a lista de coisas que pensamos em toda e qualquer viagem, seja lá qual for o seu destino. 

Para muitas pessoas essa lista também representa um momento de tensão, afinal, será que você vai ter como sustentar tudo isso? E quando voltar para a rotina e o dia a dia, será que terá dinheiro para continuar tocando os compromissos financeiros sem dificuldade? 

Essas dúvidas não deixam de ser uma preocupação genuína e coerente, pois vivemos realidades diferentes e individuais, e, infelizmente, imprevistos podem acontecer no caminho e comprometer a sua estabilidade. 

Mas, nesse artigo vamos falar de como orientar a nossa mentalidade para outro caminho: viagens não são apenas gastos, são investimentos na sua vida. Acompanhe. 

O turismo brasileiro 

De acordo com a pesquisa do PNAD Contínua Turismo 2020-2021, divulgada em 2022 pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em parceria com o Ministério do Turismo, a falta de dinheiro ocupa o primeiro lugar, com média de aproximadamente 30% do resultado, dos motivos que levam as pessoas a não viajarem. 

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Em seguida vemos que, em média, 20% dizem não ter a necessidade de realizar viagens, e 9% alegam falta de tempo. O motivo “outro” recebeu forte atenção, com média de 20%, e está ligado a motivações da pandemia do novo coronavírus. 

Dentro da mesma pesquisa, podemos confirmar que a COVID-19 fez com que o total de viagens reduzisse 41% entre 2019 e 2021, independente da classe social. 

E é natural que esse estudo expresse esse resultado. Foi preciso ficar em casa, interagir menos socialmente e recriar as formas de lazer por um longo período. Mas, vemos também novas oportunidades de refletir melhor sobre o hábito de investir em viagens. 

Ressignificando as viagens

Conversamos com a Catia Noronha, 43 anos, mãe do Teodoro, 10 anos, e da Alice, 8 anos, jornalista e idealizadora de um blog especializado em viagens com crianças, e ela nos afirma: “Eu acredito naquela máxima que diz que viagem não é gasto, é investimento. Assim como o conhecimento, tudo o que você vivencia e aprende em uma viagem, é seu, ninguém nunca vai tirar de você.”

E com ela analisamos juntas algumas questões que vão inspirar você, acompanhe: 

Qual significado de viajar para você e qual valor, nesse sentido, você tenta transmitir aos seus filhos?

Catia: Costumo dizer que viajar em família estreita relações e reforça nossos vínculos afetivos. É muito mais do que entretenimento, rompemos barreiras engessadas do dia a dia. Nas viagens saímos da zona de conforto e conseguimos ter visões diferentes dos nossos filhos, e vice-versa. Nossa família sai mais unida de cada nova oportunidade. 

Brevemente conte experiências que reforcem esse significado

Catia: Em geral, todas as nossas viagens eu considero uma verdadeira aula, in loco, de geografia, história e outros conteúdos acadêmicos. Mas, posso também destacar duas experiências diferentes.  

Na nossa viagem de motorhome no Canadá eu pensei que ia pirar porque as crianças poderiam ficar entediadas por tanto tempo dentro de um veículo. Mas, tudo superou as nossas expectativas, e elas surpreenderam em suas reações. Foi enriquecedor trazer essa experiência totalmente diferente e inesperada a elas, e o quanto aprendi com as suas reações positivas.  

Em Brotas, Alice com 6 anos foi quem me deu coragem para que eu descesse em uma tirolesa de 120 metros de altura. Além disso, fizemos uma atividade de rafiting, prática de descida em corredeiras em equipe utilizando botes infláveis, que aprendemos que todos nós deveríamos remar juntos e sincronizados; se um não conseguisse, o outro deveria fazer mais força, mas todos em busca de um mesmo objetivo. E construir uma família tem tudo a ver com esse objetivo. 

Viajar sozinha, em casal ou com os filhos, como você enxerga essas três experiências? 

Catia: Acho válido e importante os 3 tipos de viagens. Viajar sozinha te dá liberdade e um frio na barriga, mas também dá uma força saber que você pode, e consegue investir esse tempo em si. 

Viajar em casal é importantíssimo para resgatar a relação, lembrar que estão juntos não porque têm filhos e obrigações, e sim porque se gostam, se curtem e se admiram! 

Já viajar com filhos tem que ter em mente que precisa de um pouco mais de cuidado, planejamento e paciência. O ritmo das crianças é outro e é importante respeitar esse ponto para sair uma viagem que todos curtam.

Fazer compras ou gastar com experiências nos locais visitados, como equilibrar essas vontades?

Catia: Acho que vai do perfil de cada pessoa saber o que faz mais sentido para a família.

Minha casa tem alguns itens de decoração e utensílios que uso no dia a dia trazidos de viagens. É incrível ter um vaso trazido de Manaus, um jogo americano de Alagoas e um vinho da Serra da Mantiqueira, por exemplo. 

Valorizamos o trabalho produzido pela comunidade do lugar que visitamos e isso traz o significado do turismo sustentável, porque é um incentivo. 

Mas fora isso, dificilmente gastamos em compras em uma viagem. Viajamos para conhecer outras culturas, visitar paisagens e ter sensações diferentes. E, nesse sentido, as experiências são muito valiosas, nos deixam lembranças para sempre, inclusive as gastronômicas! 

Dicas de como você se organiza financeiramente para proporcionar essas viagens 

Catia: Em primeiro lugar é importante você ter uma lista de lugares que vocês querem conhecer, e ajuda se você dividir em: viagens factíveis/realizáveis; viagens caras; viagens dos sonhos.

Depois, a partir dessa lista, pesquise e entenda qual a melhor época para visitar e tenha uma estimativa de quanto cada um desses projetos vai custar. 

Por fim, com esse “pré-planejamento” você ganha uma visão mais ampla de como conseguir concretizar cada oportunidade, inclusive se entendendo em como economizar no seu planejamento financeiro do dia a dia, para que o sonho seja real. 

A culpa é da viagem! 

Não é fácil desvincular da realidade e ignorar financeiramente as nossas ações, mas, como pudemos observar, viajar é uma oportunidade para aprender e experimentar lições. 

Tudo depende de como nós mesmas vamos encarar esse sentimento e não reduzi-lo apenas a algo que está fora do nosso alcance, por conta dos nossos limites individuais.

Com organização, planejamento e uma dose de coragem de se proporcionar esses momentos, tirar a ação do papel e colocá-la dentro de um carro ou de um avião, será para sempre inesquecível. Conhecimento não vem apenas na sala de aula, vem a partir das nossas interações sociais e vivências.

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