Criada para empoderar, reconhecer talentos e discutir os desafios e soluções para o futuro de jovens brasileiras, a terceira edição do Prêmio Mude o Mundo Como Uma Menina, promovido pela Força Meninas, plataforma de impacto social que capacita garotas de 13 a 21 anos, premiou 10 projetos liderados por participantes de todos os cantos do país, além de iniciativas individuais.
Além da aceleração dos projetos selecionados e nove meses de mentoria, a iniciativa distribuiu R$ 1.000 para as vencedoras da modalidade “coletiva” e R$ 5.000 para as campeãs da categoria “individual”.
“Essa edição do prêmio nos surpreendeu pela trajetória impressionante das concorrentes e pela qualidade dos trabalhos realizados mesmo em um cenário pós-pandemia. Para nós, é uma alegria imensa poder impulsionar ainda mais esse talentos e ajudá-las a conquistarem seu potencial”, diz Déborah De Mari, fundadora da Força Meninas.
Veja, a seguir, quem foram as vencedoras da premiação nas duas modalidades:
Modalidade Individual
Aisha Ellen Lemos Paz, 18 anos – Fortaleza, Ceará
Na categoria “Determinada”, a jovem cearense, filha de uma mãe adolescente, venceu com o projeto “De Mãos Dadas”, que tem o objetivo de auxiliar meninas e jovens mães a desenvolverem projetos de vida e evitarem uma gravidez indesejada.
Ingrid Pereira de Souza, 19 anos – Santana do Ipanema, Alagoas
A jovem líder do sertão alagoano venceu na categoria “Criativa”. Após vivenciar uma educação que a inibia, não respeitava seu processo de aprendizagem e suas individualidades, Ingrid fez da educação capaz de impulsionar os alunos para se tornarem mais questionadores, conscientes, responsáveis, desbravadores e transformadores de suas existências individuais e coletivas sua causa.
Letícia Vieira da Silva, 18 anos – Interior do Ceará
Moradora da zona rural no interior do Ceará, a jovem de 18 anos que luta ativamente por uma sociedade justa, como parte do Movimento de Mulheres Olga Benário e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas, venceu o prêmio na categoria “Pioneira”.
Vitória Rodrigues de Oliveira, 17 anos – São João de Meriti, Rio de Janeiro
Premiada na categoria “Líder”, a jovem da Baixada Fluminense venceu graças ao seu projeto Ini.se.ativa, que luta para democratizar o ensino do empreendedorismo social para a periferia do Rio de Janeiro, com uma linguagem fácil de entender e ferramentas colaborativas.
Luiza Louback Fontes, 18 anos – Belo Horizonte, Minas Gerais
Após perceber que o acesso aos livros era um privilégio – e que as populações vulneráveis estavam muito longe de um contato contínuo com a literatura -, a jovem mineira, que também é poeta, transformou-se numa ativista por um Brasil mais leitor e democrático. Inspirada pela determinação de sua mãe solteira, que trabalha como assistente social, Luiza também venceu na categoria “Líder”.
Luana Prado Oliveira Souza, 18 anos – Aracaju, Sergipe
Vencedora na categoria “Visionária”, Luana é fundadora do Movimento Democratizou, um projeto juvenil e apartidário de alcance internacional que luta pela democracia. A jovem atuou como representante nacional de Sergipe no Parlamento Jovem Brasileiro e trabalha com empreendedorismo cívico.
Catarina Xavier, 13 anos – São Paulo, São Paulo
Na categoria Visionária, a vencedora foi a jovem paulista que cursa o 8º ano do ensino fundamental. Catarina Xavier ama matemática e sonha em ser uma grande influenciadora digital, ensinando e compartilhando matérias da escola de um jeito divertido.
Modalidade Coletiva
Jujuba Proteica
Para contribuir com a agenda 2030 da ONU, que inclui 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – como reduzir a fome no mundo -, as cearenses Cellina Landim Gonçalves Afonso, 13 anos, e Sophia Bessa Silva, 14, desenvolveram a jujuba proteica. O produto surgiu a partir de uma pesquisa com o uso de cianobactérias, conhecidas como spirulinas.
Mopaix
Mobilizadas por colegas autistas, as jovens de 17 anos Graziella Silva Viana Doche e Maria Clara Gomes Vieira, moradoras de Brasília, desenvolveram o Mopaix como um ato de servir e ajudar o próximo. O projeto tem como objetivo auxiliar autistas e pessoas com dificuldades de concentração a melhorarem o seu desempenho acadêmico.
ConsCientistas
Desenvolvido pelas jovens Amanda Silva Soares, 20 anos, Kassandra de Oliveira Rodrigues, 15, e Camilla Cristina de Queiroz Mendes, 16, o aplicativo ConsCientistas reúne uma agenda de palestras e promove encontros para meninas que têm interesse em ingressar na carreira científica. O objetivo é ampliar a voz feminina na área.
TUGI – Expo Sustentável
Com o objetivo de instalar painéis solares para empoderamento econômico de mulheres de comunidades em situação de vulnerabilidade e de promover contato com especialistas, a plataforma online e presencial TUGI, idealizada por Julia Lisbõa Rocha Grasciano e Ana Clara Gierse, ambas de 17 anos, é um meio para que os jovens possam discutir sobre meio ambiente e se envolverem em projetos sustentáveis.
Ciclo do Amor
A equipe formada por Fernanda Alves, 18 anos, Gabriela Veneno, 16, Isabele Rodrigues da Silva, 19, e Maria Eduarda Freire, 16, desenvolveu o programa “Ciclo do Amor”, que tem como meta empoderar mulheres e meninas de comunidades carentes. Levando em conta que a saúde dessas pessoas está em constante risco no Brasil, principalmente a saúde menstrual, o projeto promove rodas de conversa, doação de cestas básicas e absorventes ecológicos.
Blood Adventure
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que somente 16 a cada 1 brasileiros são doadores de sangue, o que corresponde a 1,6% da população. Pensando nisso, Giovana Lopes de Oliveira, 16 anos, Évelin Ferreira da Silva e Martyna Ferreira Borges, ambas de 17 anos, desenvolveram o Blood Adventure, um jogo virtual para incentivar a doação de sangue.
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