Como a inteligência emocional pode ser uma grande aliada para a mulher, inclusive na maternidade

CEO do programa de reeducação emocional Centro Hoffman, Heloísa Capelas explica a relação da infância com a formação de cada ser humano
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Como a inteligência emocional pode ser uma grande aliada para a mulher, inclusive na maternidade
IE é uma grande aliada das meninas, mulheres e mães (Foto: Envato Elements)

Na maior parte das vezes, ser mulher significa se dividir em muitos pedaços. É ser mãe, filha, profissional, dona de casa, chef de cozinha, esposa, motorista e por aí vai… Tudo isso acrescido das dificuldades extras que as mulheres enfrentam todos os dias, como pressão para se encaixar nos moldes predefinidos, assédio, machismo e desigualdade de gênero. Para Heloísa Capelas, CEO do Centro Hoffman – programa de reeducação emocional que treina o autoconhecimento dos alunos -, a inteligência emocional pode ser uma importante aliada nos diversos processos pelos quais as mulheres passam.

“Trabalhar o autoconhecimento traz empoderamento, faz com que saibamos o nosso valor e o que merecemos”, diz. “Ao se conhecer em profundidade, as mulheres dão um passo para desenvolver a inteligência emocional e, assim, conquistar a sua autoestima e, principalmente, o amor próprio. E aí não tem pra ninguém”, brinca Heloísa. 

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Inteligência, com A no final

Segundo ela, não há característica ou emoção mais poderosa do que o amor por si mesma, afinal, ele permite que a mulher – ou qualquer pessoa – se olhe com carinho, empoderamento e valor. “Com inteligência emocional, aprendemos a lutar e trabalhar pelo nosso talento, enxergar nossas conquistas e receber aquilo que é nosso por direito. Mas, além disso, a IE nos permite abandonar relacionamentos tóxicos e, principalmente, nos ensina a não entrar neles.”

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Heloísa Capelas, CEO do Centro Hoffman e especialista em inteligência emocional (Foto: Divulgação/Centro Hoffman)

Mas, para chegar nesse estágio, Heloísa explica que é importante, primeiramente, reconhecer, nomear e administrar os próprios sentimentos, fatores importantes da inteligência emocional. “A IE nada mais é do que escolher as suas próprias ações”.

Nesse sentido, ressalta a especialista, gerenciar emoções é bem diferente de controlá-las. “Quando controlamos algo, podemos nos descontrolar em momentos de fragilidade, e isso não é ter inteligência emocional. IE é, na verdade, escolher as ações e passar longe das reações”, diz. 

De acordo com a especialista, com base nos estudos de Bob Hoffman – fundador do Processo Hoffman -, todo ser humano possui quatro inteligências: emocional, física, intelectual e espiritual. A intelectual é a inteligência mais estimulada durante toda a vida. Por outro lado, a emocional permanece imatura por muitos anos. “Afinal, nos ensinaram na infância que sentir raiva é errado, que rir ou chorar muito não é legal, e, desse modo, passaram a controlar o que sentimos e nos induziram a manter as aparências”, explica. 

Menina, mulher, mãe

A maternidade pode ser um momento muito conturbado, afinal, além da mudança de vida, ainda existe uma imensa carga hormonal. Mas é importante entender que, antes da mãe, vem a mulher, e antes da mulher, vem a menina. “Tudo que nós somos, aprendemos na infância. São nesses 12 primeiros anos que construímos nossa autoimagem, autoestima,  corpo e crenças”, explica Heloísa.

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Segundo ela, a inteligência emocional e o autoconhecimento permitem entender algo muito valioso: amor é cuidar primeiro de si e, só depois, do outro. “E isso inclui a sua criança. Normalmente, nós temos filhos de quem queremos realizar todos os sonhos, para que eles supram nossa carência emocional. Isso acaba sendo um peso na infância”, explica.

Tudo isso passa longe de ser fácil, afinal, a mãe se sente amedrontada, fragilizada e insegura. E esse sentimento tem pouco a ver com a quantidade de filhos ou com o ineditismo da experiência. Ser mãe de quarta ou quinta viagem também é, emocionalmente, complicado. “De forma inconsciente, quando nasce uma criança, a mãe incorpora imediatamente a sua própria genitora. Isso porque ela precisa da referência, então passa a repetir as características – até as que odiava – de quem a criou.”

Abandono e suporte

Além disso, a mulher é, de certa forma, abandonada durante a maternidade. “É preciso olhar com muito carinho pra ela, pois normalmente está com muito medo e acaba sendo esquecida quando o bebê nasce. Quando a mãe chega em algum lugar, as pessoas estendem os braços, mas para pegar a criança no colo.”

Portanto, a especialista entende que uma mãe segura, forte, que tem retaguarda e suporte ao seu redor será tudo isso para seus filhos. “É só quando você sabe a influência da infância na sua vida, quando você compreende, por meio da inteligência emocional madura, o que faltou na sua história, é que você pode olhar para a maternidade legitimando a criança. Afinal, ela é um outro ser humano”, finaliza.

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