Dividendos: entenda como funciona a distribuição de lucro aos acionistas

Forma de remuneração é uma das mais conhecidas do mercado financeiro
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Fundo de Garantidor de Crédito

Dividendos – ou proventos – são a forma de remuneração mais conhecida no mercado financeiro. É comum que, ao se deparar com temas relacionados à bolsa de valores, você se depare com expressões como “pagamento de dividendos aos investidores”. Mas, afinal, o que é isso?

Para simplificar, os dividendos são uma parte do lucro líquido que será dividida entre os acionistas de determinada companhia de capital aberto. Isso acontece porque, ao comprar ações dessa empresa, os acionistas passam a ser sócios do negócio e, por isso, têm direito a receber o equivalente ao seu investimento no momento da divisão dos lucros. 

Por que as empresas pagam dividendos 

Ao abrir seu capital, ou fazer o IPO – oferta inicial de ações, da sigla em inglês -, a empresa precisa ser atraente para os investidores. Só assim ela conseguirá vender seus papéis e captar o montante necessário para seus objetivos, sejam eles ligados à expansão, inovação, capital de giro ou de qualquer outra natureza. Pagar dividendos é uma maneira de atrair novos acionistas e garantir esse recurso. Mas, apesar de parecer sedutor, as empresas têm o direito de escolher qual a porcentagem do lucro líquido será destinada a este fim.

Sendo assim, a companhia deve disponibilizar – em estatuto – qual a porcentagem que será destinada aos dividendos, sendo possível disponibilizar até 1% do lucro líquido. Caso não haja especificação de valor, ela será obrigada a destinar 50% para os acionistas.

Entre as empresas brasileiras de capital aberto é muito comum encontrar porcentagens de até 25% do lucro líquido distribuídas entre os acionistas. “Por aqui, temos diversas companhias que reinvestem uma parte de seus lucros. Nesses casos, elas acabam pagando menos dividendos”, explica Andressa Siqueira, especialista em investimentos da Magnetis. 

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Tipos de pagamento

Existem várias maneiras de receber os dividendos. Veja, a seguir, quais são elas: 

  • Dinheiro: o acionista recebe o valor já definido por ação e pode usar para comprar mais papéis da empresa;
  • Dividendo especial: mais raro, o pagamento é feito quando acontece um aporte, lucro não previsto ou mudanças na regulamentação;
  • Em ações: funciona como a versão em dinheiro, mas, neste caso, o acionista recebe uma porcentagem de novos papéis;
  • Juros sobre capital próprio: neste caso os 15% referentes ao imposto de renda são retidos pela empresa.Nessa modalidade a empresa consegue pagar valores maiores aos acionistas, já que não precisa custear o imposto;
  • Direitos de subscrição: acontece quando a empresa deseja emitir mais papéis e dá aos seus acionistas a prioridade de compra antes do público geral – em alguns casos, até por um valor mais baixo. 

Outros termos relacionados

  • Data de declaração: a empresa anuncia qual valor será destinado aos acionistas e também informa qual a data de registro e pagamento. Uma vez feito o anúncio, existe um compromisso legal de pagamento aos acionistas;
  • Data Ex-Dividendo: nessa etapa, a empresa divulga quem vai receber o dinheiro. Acionistas que compraram papéis após essa divulgação, não tem direito a receber os dividendos; 
  • Data de registro: dia em que a empresa divulga quais acionistas vão receber os dividendos, além de informações como procurações e relatórios financeiros;
  • Data de pagamento: como o próprio nome diz, é o dia em que os acionistas vão receber os valores equivalentes às suas aplicações;
  • Índice de Cobertura de Dividendos: é a partir dessa conta, que relaciona o lucro líquido com o que será pago aos acionistas, que os investidores conseguem avaliar o poder de pagamento da empresa;
  • Plano de Reinvestimento dos Dividendos (PRD): é a maneira como as empresas possibilitam que os acionistas reinvistam, automaticamente, nela. Assim o valor pago é revertido em novas ações da empresa. 

Dá para viver de dividendos?

Andressa Siqueira explica que dá para viver de dividendos, mas prefere o termo viver de renda, que abrange outros tipos de investimentos. A especialista ressalta que existe uma dificuldade, principalmente no que diz respeito ao perfil do investidor brasileiro. “Cerca de 90% dos investidores acabam se incomodando com quedas de curto prazo, não têm consistência e não seguem o planejamento para alcançar o objetivo”, diz.

Andressa pontua que é quase impossível investir hoje e colher amanhã: é preciso persistência e disciplina, além de conhecimento para escolher empresas consolidadas e que paguem aos investidores de maneira regular. 

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