3 atitudes para aumentar a autoestima

Psicólogas explicam como esse valor afeta as mulheres, principalmente de forma negativa
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3 atitudes para aumentar a autoestima
Para a mulher, a realidade acerca da autoestima é ainda mais cruel (Foto: Pexels)

“Definimos a autoestima como o valor que atribuímos a nós mesmas, ou seja, o quanto nós nos valorizamos, nos estimamos e nos gostamos.” A frase é de Sabrina Amaral, psicóloga da Epopéia Desenvolvimento Humano. Já para Bianca Mayumi, também psicóloga, definir a autoestima é uma tarefa complexa, uma vez que se trata de um “valor” que não possui apenas um significado. “A interpretação vai depender de aspectos como cultura, contexto social, estudos e até individual, de pessoa para pessoa. Mas, se a gente pudesse resumir a autoestima em um conceito global, seria o valor que a pessoa destina a si mesma”, explica. 

Para a especialista, nós, de modo geral, costumamos nos contentar com pouco. “Na busca por mais autoestima, as pessoas passam a tecer comparações com os outros”, diz. Segundo ela, essa realidade é ainda mais cruel com as mulheres. “As comparações acontecem, principalmente, no nível físico, com padrões de beleza inatingíveis”, relata. Mas vão além. “Em muitos casos, os modelos são mulheres magras, jovens, lindas e que parecem dar conta de tudo: família, carreira, romance, saúde, espiritualidade e lazer.” 

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Bianca concorda, mas coloca ainda outro ingrediente na receita da influência da autoestima da mulher: a sociedade patriarcal e capitalista na qual vivemos. Afinal, se a autoestima está relacionada a fatores sociais, nada mais influente do que a própria sociedade. “Precisamos discutir como as cobranças sobre as mulheres são rígidas e como o valor que elas têm é discutido quase de forma pública. Estes fatos podem gerar inúmeras inseguranças, que, consequentemente, podem resultar não só na baixa autoestima, mas no adoecimento de muitas mulheres”, relata a psicóloga.

Com base nesse cenário, as especialistas listaram três atitudes capazes de aumentar a autoestima e, assim, dar um chega pra lá nos sentimentos de inferioridade. Veja, a seguir, quais são elas:

Autoconhecimento

Para Bianca, é muito importante conhecer a si mesma. Por isso, investir no autoconhecimento é um processo primordial quando o assunto é autoestima. Para ajudar nessa tarefa, que para muitas pode ser muito cabeluda, a psicóloga sugere algo simples. “A psicoterapia pode ser uma excelente ferramenta de reestruturação do conceito que temos sobre nós mesmas”, diz. 

Isso porque a técnica busca trabalhar, a partir do diálogo, as questões emocionais de cada pessoa, fazendo o uso de várias abordagens, conexões com o inconsciente e outras ferramentas que permitem à paciente se conhecer.

Autocompaixão

Sabrina diz que, enquanto a “velha autoestima” pergunta “no que eu sou diferente de todo mundo”, a autocompaixão questiona: “O que eu tenho em comum e igual a todo mundo?”. Mas, para alcançar esse objetivo, é preciso atravessar três etapas. Ou melhor, é necessário adotar algumas atitudes no dia a dia:

  • Autogentileza

“A proposta é olhar para os seus erros e sentimentos indesejáveis, como a raiva ou o ciúme, de forma compassiva e generosa”, explica Sabrina. Segundo ela, em vez de ficarmos repetindo palavras duras para nós mesmas, com uma perspectiva julgadora e crítica, é importante aprendermos a ser pacientes e gentis com nossas dificuldades. “Ou seja, ter um olhar mais generoso e até curioso do porquê estamos nos sentindo daquele jeito.”

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  • Humanização

Segundo Sabrina, quando erramos ou quando as coisas não saem do jeito que gostaríamos, adotamos uma postura severa e punitiva. Basta observar os pensamentos automáticos que vêm a nossa cabeça: “Como fui burra”, “Eu não podia ter feito isso”, “Que ridícula, como eu pude falar isso para aquela pessoa?” etc. “Os xingamentos não têm fim”, diz a psicóloga. 

Para a especialista, ao nos colocarmos neste lugar, nos diminuímos e humilhamos, como se estivéssemos sozinhas no mundo. “É como se apenas eu errasse, enquanto todos ao meu redor são perfeitos”, explica Sabrina. Essas são atitudes mentais extremistas que, segundo a psicóloga, precisam ser substituídas por outras. “É importante entender que todo mundo erra, que faz parte da esfera do sentir experimentar tristeza, raiva, depressão e ansiedade. Todo mundo sente isso em algum momento da vida”, diz.

  • Atenção Plena

Essa “etapa” significa, simplesmente, estar de fato presente no aqui e agora. É não ficar revivendo o passado e as coisas ruins que podem ter acontecido, assim como não se prender ao futuro, achando que tudo vai dar errado de novo por se julgar incapaz. 

“E, neste momento presente, é legal fazer um acolhimento de si mesma, como se estivesse falando com uma pessoa querida, alguém que amamos e que passou por uma dificuldade”, explica Sabrina. Para ela, ao agirmos assim, estimulamos nosso cérebro a produzir hormônios do bem-estar e acionamos gatilhos de segurança e conforto, que é a chave para a motivação e o sucesso.

Senso Crítico

De forma parecida com a atenção plena, indicada por Sabrina, Bianca acredita ser importante exercitar o senso crítico sobre si mesma. Essa atitude pode, inclusive, afetar positivamente nossa saúde mental. 

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“A autoestima vincula-se à saúde mental, pois influencia nas condições afetivas, sociais e psicológicas da pessoa. Desse modo, formular pensamentos saudáveis que combatem pensamentos distorcidos pode ser uma ótima opção para uma mente saudável”, explica Bianca. Assim, podemos evidenciar, de fato, nossas potencialidades a partir daquilo que possuímos como valores pessoais.

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