5 passos para criar uma rede de apoio efetiva

Auxílio é essencial para manter a mulher no mercado de trabalho e evitar o sentimento de frustração
JOB_03_REDES_SOCIAIS_EQL_AVATARES_QUADRADOS_PERFIL_v1-02
Rede de apoio tem papel fundamental na independência feminina (Foto: Pexels)

Pouco lembrada, mas muito requisitada – é nesse contexto que se insere a chamada rede de apoio. Definida como um grupo de pessoas dispostas a prestar auxílios sem nenhuma recompensa determinada, o termo se refere, principalmente, àqueles que ajudam as mulheres com filhos a darem conta das tarefas do dia a dia, incluindo a própria carreira. 

“Mais do que um grupo de pessoas que torcem pelo seu sucesso, a rede de apoio é um grupo de pessoas que está presente no dia a dia para te ajudar a dar conta das ‘zilhares’ de demandas que a mulher enfrenta todos os dias”, destaca a psicóloga Sabrina Amaral. “Este apoio prático pode ir desde dividir a tarefa de cuidar dos filhos, até dar orientações financeiras e aconselhamento para questões profissionais”, completa ela.

Dessa forma, a rede de apoio nada mais é do que um grupo de pessoas com o qual a mãe poderá contar para administrar a vida pessoal, profissional e a criação dos filhos. Para essa missão, podem ser convocados amigos, familiares e outras figuras que se disponham a agilizar parte das demandas maternas. 

“Não é incomum mulheres chegarem à exaustão por acreditarem que tem que dar conta de tudo sozinha, indiretamente, paira no ar um sentimento de fracasso, quando ela não consegue desempenhar sua melhor performance como mãe, mulher, profissional, professora, administradora do lar e afins”, afirma a psicóloga.

LEIA MAIS

Na prática, a principal diferença entre essa rede e uma simples ajuda, explica Sabrina, é a dinâmica entre os envolvidos. Enquanto a ajuda se classifica como um auxílio pontual e esporádico, sem a necessidade de tanto entrosamento, o apoio já demanda mais flexibilidade a médio e longo prazo. “Este apoio prático pode ir desde dividir a tarefa de cuidar dos filhos, até dar orientações financeiras e aconselhamento para questões profissionais”, completa a especialista. 

A importância da rede de apoio é tão grande que, na sua ausência, as consequências atingem proporção de problema social.  De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), quase metade das mães com filhos de até três anos deixam o mercado de trabalho. Além disso, durante o isolamento social, no ápice da pandemia, cerca de 61% dos pais afirmaram sentir falta desse tipo de auxílio, situação que resultou em sobrecarga e exaustão em 65% dos casos, conforme apontado por pesquisa do Grupo Consumoteca. 

Na carreira, esse apoio extra ainda pode ser um aliado para que a mulher não precise, necessariamente, optar por focar mais na família ou no trabalho. Pelo contrário: nessas horas, o papel da rede é permitir que essa mãe equilibre suas funções sem o sentimento de exaustão ou culpa. 

“Uma pessoa que ocupa uma posição de liderança em uma equipe sabe que não consegue executar todas as tarefas do dia a dia, ela precisa aprender a delegar parte de suas atividades, para conseguir se dedicar àquilo que de fato é importante”, destaca a psicóloga. “O mesmo acontece com a mulher em nível profissional e financeiro; ela precisa ter em mente que não precisa saber de tudo, ao contrário, precisa conhecer quem sabe para poder se orientar e assim, investir – de forma inteligente – seu tempo (que é super escasso) e recursos para ter o melhor resultado possível”, completa. 

Veja, a seguir, 5 passos para criar uma rede de apoio efetiva, segundo a  psicóloga Sabrina Amaral:

Entenda a importância da rede

O primeiro passo para criar uma rede de apoio efetiva é entender – e aceitar – a necessidade de apoio. Ao contrário do que pode parecer, esse “pedido de ajuda” nada tem a ver com a competência da mulher como mãe ou cuidadora. Por isso, pesquisar mais sobre o tema é o pontapé inicial para assimilar essa dinâmica benéfica para toda a família. 

Mapeie suas necessidades

Em seguida, é hora de mapear as necessidades. Nesse momento, devem ser consideradas 

as tarefas fixas no dia a dia (tanto da mãe quanto do bebê), o tempo gasto em cada uma e para qual demanda a ajuda seria mais bem-vinda. Com essas informações em mãos, ficará mais fácil identificar quem são as pessoas que precisam estar na rede de apoio, bem como a função de cada uma delas.

Crie uma comunicação objetiva

Uma vez com a rede de apoio estabelecida, é essencial garantir uma boa comunicação entre as partes. Para isso, é necessário que a mãe estabeleça de forma clara e objetiva todas as suas demandas, assim como suas expectativas em relação a execução de cada tarefa. Nessa hora, também vale fazer combinados, definir regras e detalhar o que for preciso para que as coisas funcionem de modo efetivo, evitando desconfortos. “Saiba que, neste momento, novas amizades podem entrar no seu círculo de relacionamento e outras podem sair – isso faz parte do processo e está tudo bem”, destaca Sabrina. 

Use a tecnologia em seu favor

Além disso, vale usar a tecnologia para facilitar a comunicação – e até mesmo a organização – da rede de apoio. Com o auxílio de aplicativos e plataformas digitais, por exemplo, já é possível centralizar os canais de conversa e criar agendas compartilhadas para dar visibilidade aos horários e compromissos. As redes sociais também podem ser excelentes aliadas para ganhar tempo e agilizar os contatos, receber orientações e aconselhamentos. 

Seja grata

Por fim, nutrir a rede de apoio com reconhecimentos e agradecimentos são algumas das melhores formas de retribuir o auxílio dessas pessoas especiais.  Além disso, dê abertura para uma renovação natural deste grupo, afinal, as necessidades mudam a depender do momento em que se está vivendo. 

Fique por dentro de todas as novidades da EQL

Assine a EQL News e tenha acesso à newsletter da mulher independente emocional e financeiramente

Baixe gratuitamente a Planilha de Gastos Conscientes

Conheça a plataforma de educação financeira e emocional EQL Educar. Assine já!

Compartilhar a matéria:

×