Desta vez, o principal prêmio do Grammy Awards 2022, realizado na noite de ontem (3), não foi para uma mulher, a exemplo do que aconteceu no ano passado, quando Taylor Swift levou a estatueta pra casa na categoria Álbum do Ano por “folklore”. Neste ano, entre os indicados à categoria estavam Tony Bennett & Lady Gaga, Justin Bieber, Doja Cat, Billie Eilish, H.E.R., Lil Nas X, Olivia Rodrigo, Kanye West, a própria Taylor e Jon Batiste, o grande vencedor, por “We Are”.
Ainda assim, um dos nomes da noite foi o da cantora Olivia Rodrigo, que, com apenas 19 anos, já conquistou a indústria musical com seu single e álbum de estreia, levando para casa três gramofones.
Outros destaques ficaram por conta da pianista brasileira Eliane Elias, premiada pela segunda vez em sua carreira, e Marília Mendonça, homenageada durante a cerimônia.
Veja, a seguir, as mulheres vencedoras do Grammy 2022:
Olivia Rodrigo: das telas da Disney ao Grammy
Antes de completar duas décadas de vida, Olivia Rodrigo já pode dizer que sabe o que é uma noite de glória: foi a mulher mais premiada desta edição. Com três gramofones, a cantora e compositora norte-americana venceu as categorias de Melhor Performance Solo Pop pelo single “drivers license”, Melhor Álbum Vocal de Pop pelo álbum “SOUR” e Artista Revelação do Ano.
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Ainda assim, Olivia estava indicada em outras três categorias: Gravação do Ano, Canção do Ano e Melhor Clipe.
Eliane Elias: uma brasileira bicampeã
Nascida em São Paulo e influenciada para seguir na música e no piano pela mãe, a brasileira Eliane Dias venceu na noite de ontem seu segundo Grammy da carreira, na categoria de Melhor álbum de Jazz Latino pelo disco “Mirror Mirror”, uma parceria com Chick Corea e Chucho Valdés.
Em 2016, a pianista já havia vencido o prêmio com o álbum de jazz “Made in Brazil”. Um ano depois, Eliane venceu o Grammy Latino na mesma categoria com “Dance Of Time”.
Doja Cat e SZA: pioneiras
A parceria entre Doja Cat e SZA rendeu à dupla o Grammy de Melhor Performance em Grupo ou Dupla de Pop pela música “Kiss Me More”. Elas foram as primeiras mulheres negras a vencerem a categoria na história da premiação.
Juntas, as duas ainda estavam indicadas nas categorias Canção do Ano e Gravação do Ano. Já SZA era também uma das indicadas para o Grammy de Melhor Música de R&B com “Best Days”. As três indicações foram vencidas por Silk Sonic com “Leave The Door Open”.
Por outro lado, Doja Cat era um dos principais nomes da premiação. Com o disco “Planet Her (Deluxe)”, foi nomeada em Álbum do Ano, Melhor Álbum Vocal de Pop (que ficou para Olivia Rodrigo com “Sour”) e Melhor Performance de Rap Melódico com o single “Need To Know” (vencido por Kanye West, The Weekend e Lil Baby com “Hurricane”). A rapper norte-americana também havia sido indicada em Melhor Música de Rap por sua participação na canção de Saweetie, “Best Friend”. A categoria ficou para Kanye West e JAY-Z por “Jail”.
Jazmine Sullivan: enfim um Grammy
A cantora e compositora de R&B Jazmine Sullivan venceu pela primeira vez um Grammy após somar 14 indicações ao longo da carreira, que começou em 2004. Nesta edição, ela levou para casa dois gramofones: Melhor Álbum de R&B pelo disco “Heaux Tales” e, em um empate com Silk Sonic, o prêmio de Melhor Performance de R&B por “Pick Up Your Feelings”. Ela também estava indicada na categoria Melhor Música de R&B, também com “Pick Up Your Feelings”, vencida por “Leave The Door Open”, de Silk Sonic.
Sua primeira indicação foi em 2009 nas categorias Artista Revelação, Melhor Vocal Feminina de R&B com “Need U Bad”, Melhor Álbum de R&B Contemporâneo com “Fearless”, Melhor Música de R&B com “Bust Your Windows”, e Melhor Vocal Tradicional de R&B com a música “In Love With Another Man”.
Em 2010, foram mais duas indicações: Melhor Vocal Feminina de R&B e Melhor Música de R&B, ambas por “Lions, Tigers & Bears”. No ano seguinte, sua canção “Holding You Down (Goin’ In Circles)” lhe rendeu mais uma indicação, também na categoria Melhor Vocal Feminina de R&B.
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Já em 2016, a canção “Let It Burn” e o álbum “Reality Show” proporcionaram a Jazmine mais três indicações, dessa vez nas categorias Melhor Performance de R&B, Melhor Música de R&B e Melhor Álbum de R&B.
Lady Gaga: 5 x 1
Stefani Joanne Angelina Germanotta, mais conhecida como Lady Gaga, recebeu indicações em cinco categorias – em todas elas graças à parceria com Tony Bennet: Melhor Clipe, Melhor Performance em Grupo ou Dupla de Pop, Gravação do Ano, Álbum do Ano e Melhor Álbum Vocal Tradicional de Pop. A cantora venceu apenas a última, por “I Get A Kick Out Of You”. A categoria de Melhor Clipe foi para Jon Batiste por “Freedom”.
St. Vincent: 100% de aproveitamento
O Grammy de Melhor Álbum Alternativo foi para a cantora norte-americana, compositora e multi-instrumentista Anne Erin “Annie” Clark, mais conhecida pelo seu nome artístico St. Vincent. A artista foi indicada apenas para a categoria em que venceu.
H.E.R.: a briga que valeu a pena
Gabriella Wilson, conhecida artisticamente como H.E.R., venceu a categoria de Melhor Performance de R&B Tradicional com a música “Fight For You”, que também estava indicada em Canção do Ano e Melhor Canção Composta para Mídia Visual. A artista era uma das principais nomeadas, com outras cinco indicações – somando oito no total: Álbum do Ano e Melhor Álbum de R&B por “Back of My Mind”; Melhor Música de R&B e Melhor Performance de R&B por “Demage”; e Melhor Performance/ Canção de Música Cristã Contemporânea por “Hold Us Together (Hope Mix)”.
Rhiannon Giddens: parceria Itália-EUA
A musicista norte-americana Rhiannon Giddens foi indicada e venceu a categoria de Melhor Álbum de Folk por “They’re Calling Me Home”, uma parceria com o italiano Francesco Turrisi. A artista foi indicada apenas para a categoria na qual saiu vencedora.