Fobia financeira: o que é e como identificá-la

Todo mundo tem um medo e, apesar de parecer estranho falar sobre ‘medo de dinheiro’, essa fobia é muito mais comum que você imagina
JOB_03_REDES_SOCIAIS_EQL_AVATARES_QUADRADOS_PERFIL_v1-02

Escuro, palhaço, aranha, altura… você tem medo do que? E nem adianta querer se mostrar valente: todos nós, em algum momento, em alguma medida, sentimos medo de algo. Alguns desses ‘temores’ são mais comuns e cotidianos.

Outros, ficam escondidos no subsolo do nosso inconsciente, ou da nossa carteira. Tão escondidos, às vezes, que não costumam ser discutidos e, por vezes, não parecem reais. Mas são.

Esse é o caso da ‘fobia financeira’. A expressão pode parecer um tanto quanto estranha: afinal, quem é que tem medo de dinheiro? Pois, por mais incomum que ela pareça soar em um primeiro contato, ela está mais presente no nosso cotidiano do que imaginamos e, talvez, já tenha aparecido até mesmo aí na sua rotina ou na de pessoas que você conhece.

Para ser mais precisa, cerca de metade dos brasileiros já experienciou essa tal fobia em algum momento da vida, principalmente durante e logo após a pandemia de covid-19. Mas, calma, não estamos falando do medo do dinheiro em si, mas de ter que lidar com ele.

LEIA MAIS:

Talvez você se identifique ao passarmos a usar simples descrições. Em um mês atolado, de contas inesperadas ou compras desenfreadas, você já evitou olhar para os números da conta de crédito? Ou, então, não quis checar quanto ainda tem na conta corrente? Quem sabe até deixou de olhar por um tempo para as contas que apareciam debaixo da porta.

O termo diferentão se refere justamente a esse medo de olhar para as contas e para a própria situação financeira, mas de uma maneira mais intensificada. É sentir algum tipo de ansiedade, inquietação, palpitação, toda vez que precisa olhar para a própria conta ou se planejar para um futuro.

Por criar pessoas que não conseguem se planejar economicamente, essa fobia, ao alcançar certo nível, pode acarretar em sérios problemas financeiros. Ironia da vida, talvez: acumular dívidas e ficar sem dinheiro como consequência de ter medo de olhar para ele e pensar sobre ele.

Como identificar a fobia financeira?

Antes de sair se auto diagnosticando com mais um distúrbio (aqui entre nós, a gente já sabe que você já fez isso mais de uma vez lendo matérias ou vendo vídeos sobre questões psicológicas) é preciso olhar com calma para a questão.

Não querer olhar para a fatura da conta, o quanto sobrou e planejar o mês por um dia ou procrastinar essa tarefa semana ou outra não te torna uma pessoa com fobia financeira.

Esse termo começa a conversar com sua realidade quando toda vez que for olhar sua conta, os sintomas começam a aparecer. Não se trata de uma dor de cabeça por um mês mais apertado ou uma palpitação por ansiedade pelos gastos atípicos que sabe que virão no mês seguinte. É uma questão um pouco mais constante e premeditada que isso.

A fobia financeira acontece quando esse tipo de estresse vai se tornando mais e mais frequente no dia-a-dia. Quando você não simplesmente se preocupa e evita olhar por um dia por estar mais cansada, mas quando começa a ignorar completamente sua situação financeira e tomar decisões sem checar quais as consequências dos números subindo ou caindo no seu aplicativo.

Outro sintoma dessa situação é começar a lidar com extremos em relação a consumo (ou tudo ou nada). Ou guardar desesperadamente cada centavo que ganhar, ou gastar desenfreadamente tudo que se tem sem pensar muito nas consequências futuras.

Como tudo começa e o que fazer para acabar?

A fobia financeira pode ser desencadeada por diversos motivos: desde algum trauma passado relacionado à falta de dinheiro, a outros problemas psicológicos não relacionados à grana, mas que acabam culminando no extrato bancário.

Em alguns casos, esse medo diz muito sobre a saúde mental da pessoa que o tem. Afinal, cuidar do próprio dinheiro também é um ato de autocuidado e, quando este está desregulado, vários outros pontos da vida pessoal também podem estar.

Mas, como tudo que tem um começo na vida, a fobia financeira também pode – e deve – chegar ao fim. Para isso, é preciso buscar ajuda. A quem recorrer, depende de você e do grau que está inserido neste medo. A principal recomendação sempre é buscar ajuda de um psicólogo, afinal, nada melhor para cuidar da mente do que um profissional da área.

Hoje em dia, é possível encontrar ajuda online por um preço mais acessível. Caso tenha um plano de saúde, consulte as condições, talvez você possa ter acesso a um profissional sem ter que pagar taxas extras.

Mas, claro, como todo serviço, mais uma vez estamos falando sobre algo que vai interferir e adentrar, de forma ou outra, sua vida financeira. Sendo assim, além de um profissional – talvez até antes dele – busque ajuda também no seu ciclo de confiança: de familiares a amigos, para que tentem te ajudar a pensar estrategicamente nos próximos passos e gastos para a contratação de um psicólogo que, aí sim, te livrará desse pavor de gente grande. O mais importante é pedir e correr atrás de ajuda o quanto antes. Sua saúde mental e seu bolso vão agradecer.

Fique por dentro de todas as novidades da EQL

Assine a EQL News e tenha acesso à newsletter da mulher independente emocional e financeiramente

Compartilhar a matéria:

×