Indexadores de investimentos: entenda o que são e conheça os quatro principais

Índices são fundamentais na definição da rentabilidade das aplicações de renda fixa
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Indexadores de Investimentos
Especialista explica que é importante atentar-se às variações dos indexadores quando as aplicações são feitas em títulos pós-fixados (Foto: Elas que Lucrem)

Começar a investir requer o entendimento de uma série de palavras do vocabulário econômico, como Selic, IGP-M e CDI, por exemplo. Todas essas siglas representam indexadores de investimentos, que são responsáveis por determinar a rentabilidade de um título pós-fixado em renda fixa

Os títulos dessa categoria de investimentos – a renda fixa – podem ser pré ou pós-fixados, ou seja, rendem de acordo com uma taxa combinada na contratação do investimento (pré) ou a partir do percentual do indexador do título (pós), como os citados acima. No segundo caso, o investidor saberá exatamente quanto a aplicação rendeu apenas no momento do resgate, já que o valor é calculado com base na variação do índice que indexa o investimento. 

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Como exemplo, vamos imaginar um investimento realizado no Tesouro Selic, cuja taxa anual está em 9,25%. A rentabilidade dos investimentos de renda fixa pós-fixados com base nesse indexador acompanhará o percentual da taxa. Sendo assim, as aplicações em títulos indexados por ela vão render essa porcentagem ao ano, e, em caso de variação, o rendimento seguirá a mudança. 

Cristina Cardoso, conselheira financeira da Veedha Investimentos, explica que os indexadores são taxas de reajuste. “Eles são derivados dos indicadores econômicos, que são dados estatísticos utilizados principalmente para acompanhar a atividade econômica e corrigir os preços”, diz. 

A especialista reforça que é importante estar atento ao índice ao qual a aplicação está indexada para entender o que mudou. ”Esse alerta vale, principalmente, se o investidor pensa em fazer um resgate antes do vencimento da aplicação, para que o rendimento realmente esteja completo.”

Veja, a seguir, os quatro principais indexadores de investimentos:

Selic

A Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Banco Central na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias. Ela é apurada nas operações financeiras diárias de instituições que usam títulos públicos como garantia e é um instrumento de controle da inflação utilizado pelo BC.

Cristina explica que a Selic, por ser a taxa básica, influencia outros índices brasileiros. “Ela serve como referência para o Tesouro Selic e poupança, e também tem impacto indireto em outros investimentos, além de ser referência para o cálculo de outras taxas, como o CDI, por exemplo. Por isso, quem investe deve acompanhar eventuais mudanças neste indicador.”

CDI 

O Certificado de Depósito Interbancário é o indexador mais conhecido dos investimentos de renda fixa, segundo a conselheira financeira. “É o índice utilizado como referência na maioria dos títulos privados, como CDBs, LCIs, LCAs e as debêntures.” 

Ele também está ligado às operações de curto prazo entre as financeiras, como os empréstimos realizados entre os bancos. Mas, ao contrário da Selic, não envolve a garantia com títulos públicos. Por estar conectada à taxa básica, o CDI tem variações muito próximas às sofridas por ela.

VEJA MAIS: Selic deve subir novamente em fevereiro de 2022

IGP-M 

O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) também mede a inflação e é calculado pela Fundação Getulio Vargas todos mensalmente. Ele é menos comum do que o IPCA e é muito utilizado nos contratos de locação de imóveis. 

“Serve para reajustar os contratos de locação dos fundos imobiliários e letras de câmbio, por exemplo. E, quanto maior for o seu valor, mais valorizada será a cota do fundo”, afirma Cristina. 

IPCA

O IPCA é o Índice de Preço ao Consumidor Amplo, ou o indicador oficial da inflação no Brasil, que mede a variação de preços de 465 produtos consumidos por famílias que recebem de um a 40 salários mínimos em 16 regiões metropolitanas e capitais do país.

“Ele tem impacto direto sobre os títulos públicos indexados a ele, como o Tesouro IPCA, que rende a taxa do período mais um valor pré-fixado. Nesses títulos, o indexador serve como uma proteção do poder de compra diante das possíveis altas dos preços. Outros investimentos, como CDBs e debêntures, também podem ser indexados ao IPCA”, esclarece a economista. 

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